A Costadrilha, este ano, conta com o apoio do comércio local de Afogados da Ingazeira. E os agradecimentos vão para aqueles que acreditam que podemos levar esta tradição junina a outras cidades, enriquecendo ainda mais a nossa cultura.
. Lojão das Malhas
. Mega Moda
. SID Modas
. Madereira São Jorge
. Center Magazine
Agradecemos a todos por acreditarem em nosso trabalho.
sábado, 21 de abril de 2012
domingo, 15 de abril de 2012
A triste partida do Rei do Baião
Cinco e quinze da manhã
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terrível desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto.
As rádios anunciavam
Morreu o Rei do Baião
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagão
Deixando muita saudade
Pra esta grande Nação.
No sertão também se ouvia
Acauã executar
Lento toque de silêncio
E outras aves a chorar
E mãe deusa da natura
Do seu trono a soluçar.
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as gerações
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo.
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano.
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januário
Desde então herdou seu dom
Uma causa sem inventário
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentário.
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes, forrós e feiras
Seu baião foi ensinando
E fama na região
Já estava até ganhando.
Deixou a terra natal
Ao exército foi servir
Vindo então pra Fortaleza
Pra sua missão cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir.
Devido as Revoluções...
Sempre era transferido
E nestas suas andanças
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido.
Foi então que conheceu
Um amigo e companheiro
Que já servira ao exército
Naquele rincão mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro.
Através desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor (*)
E amigo particular
Que também lhe ensinou
A modinha popular.
Mas a vida de milícia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre é solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra São Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro.
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opinião
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiração
Assim Luiz começou
Aprimorar seu baião.
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exército brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro.
Xavier um português
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Lá no mangue executando
Valsas, tangos e até fados
Com Luiz auxiliando
Este estilo pra Luiz
Não era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu próprio cancioneiro
A música regional
E nada do estrangeiro.
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperança
Nos programas de calouros
Foi cantar com segurança
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujança.
Saindo dos auditórios
No Nordeste apareceu
A música de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertão em poesia
Daí então se ergueu.
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra música regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existência
Da arte mais popular
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criação
Lançou o xote e o forró
O xaxado e o baião
Ficando o arrasta-pé
Como símbolo do sertão.
Lançando estas criações
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Também deu vida ao triângulo
Hoje instrumento exemplar.
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baião
Este título recebeu.
O seu valor cultural
Foi da maior importância
Pra história brasileira
Veja a significância
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegância
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca, a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertão agreste.
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento.
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro.
Certamente o velho "Lua"
O mestre Rei do Baião
Já se encontra com seu pai
Lá em outra dimensão
Aquele que lhe ensinou
Tão honrosa profissão.
Este pequeno folheto
É somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardará
Para sempre a sua imagem.
Termino aqui esta história
Com o coração enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abençoado.
Guaipuan Vieira
A Chegada de Lampião no Céu
Lampião foi no inferno
Ao depois no céu chegou
São Pedro estava na porta
Lampião então falou:
- Meu velho não tenha medo
Me diga quem é São Pedro
E logo o rifle puxou
São Pedro desconfiado
Perguntou ao valentão
Quem é você meu amigo
Que anda com este rojão?
Virgulino respondeu:
- Se não sabe quem sou eu
Vou dizer: sou Lampião.
São Pedro se estremeceu
Quase que perdeu o tino
Sabendo que Lampião
Era um terrível assassino
Respondeu balbuciando
O senhor... está... falando...
Com... São Pedro... Virgulino!
Faça o favor abra esta porta
Quero falar com o senhor
Um momento meu amigo
Disse o santo faz favor
Espera aqui um pouquinho
Para olhar o pergaminho
Que é ordem do Criador
Se você amou o próximo
De todo o seu coração
O seu nome está escrito
No livro da salvação
Porém se foi um tirano
Meu amigo não lhe engano
Por aqui não fica não
Lampião disse está bem
Procure que quero ver
Se acaso não tem aí
O meu nome pode crer
Quero saber o motivo
Pois não sou filho adotivo
Pra que fizeram-me nascer?
São Pedro criou coragem
E falou pra Lampião
Tenha calma cavalheiro
Seu nome não está aqui não
Lampião disse é impossível
É uma coisa que acho incrível
Ter perdido a salvação
São Pedro disse está bem
Acho melhor dar um fora
Lampião disse meu santo
Só saio daqui agora
Quando ver o meu padrinho
Padre Cícero meu filhinho
Esteve aqui mas foi embora
Então eu quero falar
Com a Santa Mãe das Dores
Disse o santo ela não pode
Vir aqui ver seus clamores
Pois ela está resolvendo
Com o filho intercedendo
Em favor dos pecadores
Então eu quero falar
Com Jesus crucificado
Disse São Pedro um momento
Que eu vou dar o seu recado
Com pouco o santo chegou
Com doze santos escoltado
São Longuinho e São Miguel,
São Jorge, São Simão
São Lucas, São Rafael,
São Luiz, São Julião,
Santo Antônio e São Tomé,
São João e São José
Conduziram Lampião
Chegando no gabinete
Do glorioso Jesus
Lampião foi escoltado
Disse o Varão da Cruz
Quem és tu filho perdido
Não estás arrependido
Mesmo no Reino da Luz?
Disse o bravo Virgulino
Senhor não fui culpado
Me tornei um cangaceiro
Porque me vi obrigado
Assassinaram meu pai
Minha mãe quase que vai
Inclusive eu coitado
Os seus pecados são tantos
Que nada posso fazer
Alma desta natureza
Aqui não pode viver
Pois dentro do Paraíso
É o reinado do riso
Onde só existe prazer
Então Jesus nesse instante
Ordenou São Julião
Mais São Miguel e São Lucas
Que levassem Lampião
Pra ele ver a harmonia
Nisto a Virgem Maria
Aparece no salão
Aglomerada de anjos
Todos cantando louvores
Lampião disse: meu Deus
Perdoai os meus horrores
Dos meus crimes tão cruéis
Arrependeu-se através
Da Virgem seus esplendores
Os anjos cantarolavam
saudando a Virgem e o Rei
Dizendo: no céu no céu
Com minha mãe estarei
Tudo ali maravilhou-se
Lampião ajoelhou-se
Dizendo: Senhora eu sei
Que não sou merecedor
De viver aqui agora
Julião, Miguel e Lucas
Disseram vamos embora
Ver os demais apartamentos
Lampião neste momento
Olhou pra Nossa Senhora
E disse: Ó Mãe Amantíssima
Dá-me a minha salvação
Chegou nisto o maioral
Com catinga de alcatrão
Dizendo não pode ser
Agora só quero ver
Se é salvo Lampião
Respondeu a Virgem Santa
Maria Imaculada
Já falaste com meu Filho?
Vamos não negues nada
– Já ó Mãe Amantíssima
Senhora Gloriosíssima
Sou uma alma condenada
Disse a Virgem mãe suprema
Vai-te pra lá Ferrabrás
A alma que eu pôr a mão
Tu com ela nada faz
Arrenegado da Cruz
Na presença de Jesus
Tu não vences, Satanás
Vamos meu filho vamos
Sei que fostes desordeiro
Perdeste de Deus a fé
Te fazendo cangaceiro
Mas já que tu viste a luz
Na presença de Jesus
Serás puro e verdadeiro
Foi Lampião novamente
Pelos santos escoltado
Na presença de Jesus
Foi Lampião colocado
Acompanhou por detrás
O tal cão de Ferrabrás
De Lúcifer enviado
Formou-se logo o júri
Ferrabrás o acusador
Lá no Santo Tribunal
Fez papel de promotor
Jesus fazendo o jurado
Foi a Virgem o advogado
Pelo seu divino amor
Levantou-se o promotor
E acusou demonstrando
Os crimes de Lampião
O réu somente escutando
Ouvindo nada dizia
A Santa Virgem Maria
Começou advogando
Lampião de fato foi
Bárbaro, cruel, assassino
Mas os crimes praticados
Por seu coração ferino
Escrito no seu caderno
Doze anos de inferno
Chegou hoje o seu destino
Disse Ferrabrás: protesto
Trago toda anotação
Lampião fugiu de lá
Em busca de salvação
Assassinou Buscapé
Atirou em Lucifer
Não merece mais perdão
Levantou-se Lampião
Por esta forma falou
Buscapé eu só matei
Porque me desrespeitou
E Lucifer é atrevido
Se ele tivesse morrido
A mim falta não deixou
Disse Jesus e agora
Deseja voltar à terra
A usar de violência
Matando que só uma fera?
Disse Lampião: Senhor
Sou um pobre pecador
Que a Vossa sentença espera
Disse Jesus: Minha mãe
Vou lhe dar a permissão
Pode expulsar Ferrabrás
Porém tem que Lampião
Arrepender-se notório
Ir até o "purgatório"
Alcançar a salvação
Ferrabrás ouvindo isto
Não esperou por Miguel
Pediu licença e saiu
Nisto chegou Gabriel
Ferrabrás deu um estouro
Se virou num grande touro
Foi dar resposta a Lumbel
Resta somente saber
O que Lampião já fez
Do purgatório será
O julgamento outra vez
Logo que se for julgado
Farei tudo versejado
O mais até lá freguês.
José Pacheco
sábado, 14 de abril de 2012
Nossa Senhora Aparecida
Nossa Senhora Aparecida
Minha Santinha morena
Cheirosa como Açucena
Deixai eu traçar na pena
O teu bonito perfil
Minha Santinha querida
Tesouro da nossa vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Nos livrai de fome e guerra
Porque vivemos na terra
Escondidos lá na serra
Sem espadas e sem fuzil
Zelai pela nossa vida
Meia carente e sofrida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Guardamos em vossas mãos
Nossa fé, nossos irmão
Pisamos os mesmo chãos
Sem capacetes ou fuzil
Mesmo com vida sofrida
Nos altos e baixos da vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Oh! Sempre Virgem Maria
Com vossa sabedoria
Ajudai-me em poesia
Olhando o céu cor de anil
Nossa santa preferida
Virgem Mãe Compadecida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Santa Virgem, Mão de Deus
Ajudai nos versos meus
E com os poderes teus
Já que tens poderes mil
Fortalecei nossa vida
Virgem Santa Concebida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Oh! Santa Virgem Maria
Nossa paz, nossa alegria
Fazei que tenhamos um dia
Daqui ao ano 3000
Muita esperança na vida
Vivendo em doce guarida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Santa Virgem, Mãe de Deus
Olhai para os filhos teus
Purgando os pecados seus
Aonde tanto imbecil
Vive aí na boa vida
Nos ajudai em seguida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Oh! Virgem Mãe de Deus
Nos enviai uma luz
Para eu no pé da cruz
Me livrar do monstro vil
Que é a fome sentida
Da multidão desnutrida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Santa Virgem de Belém
Defendei quem nada tem
Da violência que vem
E do tempo sinistro e vil
Que sempre deixa sentida
Criança recém nascida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Maria, Mãe de Jesus
Rogamos no pé da cruz
Mandai um raio de luz
Para no céu cor de anil
Haver fartura e comida
Para o povo ter mais vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Senhora da Conceição
Nos guiai com vossa mãe
Mandai vossa proteção
Com teu coração gentil
Minha mãezinha querida
Mandai luz pra nossa vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Mãe do Cristo Imaculado
Aqui peço ajoelhado
Para ser abençoado
Aqui peço ajoelhado
Para ser abençoado
O povo que nem Bromil
Pode comprar em seguida
Pra melhorar sua vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Oh! Virgem de Nazaré
Esposa de São José
Aumentai a nossa fé
Que vai fugindo sutil
Que a mocidade florida
Tenha sossego na vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Oh! Santa Virgem Maria
Ajudai nós todo dia
Que o povo sofre agonia
Sem farinha no barril
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Santa Virgem, Mãe querida
Mandai paz pra nossa vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil.
Santa Virgem Mãe das Dores
Nos salvai dos malfeitores
Sofrendo tentos horrores
Sem ter em casa um bombril
Minha Santinha querida
Mandai paz pra nossa vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Mãe de Deus mandai parar
A violência sem par
Que o pobre em todo lugar
Ver chegar sempre sutil
Para vir roubar a vida
Da humanidade sofrida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil.
Mãe de Deus sacramentado
Salvai o pobre coitado
Que vive tão apertado
Como o bico dum funil
Santa virgem mãe querida
Olhai para nossa vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Santa Virgem abençoai
Tanto o filho como o pai
Que agora o tempo vai
Sem deixar ninguém sutil
Ao pobre falta comida
E sossego em sua vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Oh! Virgem da Conceição
Cobre com a vossa mãe
Aos romeiros que estão
Sem dinheiro e sem perfil
Viajando sem guarida
Pode comprar em seguida
Pra melhorar sua vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Oh! Virgem de Nazaré
Esposa de São José
Aumentai a nossa fé
Que vai fugindo sutil
Que a mocidade florida
Tenha sossego na vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Oh! Santa Virgem Maria
Ajudai nós todo dia
Que o povo sofre agonia
Sem farinha no barril
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Santa Virgem, Mãe querida
Mandai paz pra nossa vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil.
Santa Virgem Mãe das Dores
Nos salvai dos malfeitores
Sofrendo tentos horrores
Sem ter em casa um bombril
Minha Santinha querida
Mandai paz pra nossa vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Mãe de Deus mandai parar
A violência sem par
Que o pobre em todo lugar
Ver chegar sempre sutil
Para vir roubar a vida
Da humanidade sofrida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil.
Mãe de Deus sacramentado
Salvai o pobre coitado
Que vive tão apertado
Como o bico dum funil
Santa virgem mãe querida
Olhai para nossa vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Santa Virgem abençoai
Tanto o filho como o pai
Que agora o tempo vai
Sem deixar ninguém sutil
Ao pobre falta comida
E sossego em sua vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Oh! Virgem da Conceição
Cobre com a vossa mãe
Aos romeiros que estão
Sem dinheiro e sem perfil
Viajando sem guarida
Atrás da terra prometida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Vê-se falta de clemência
E surge com resistência
Crime, roubo e violência
Neste país varonil
País onde tem jazida
De ouro, Santa querida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Santa virgem imaculada
Mandai o anjo da guarda
Visitar nossa moradia
Que o tempo está sutil
Sem haver meios de vida
Pra humanidade sofrida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Santa Virgem, mãe de Deus
Nos livrai dos fariseus
Enquanto nos versos meus
Para este povo gentil
Virgem mãe compadecida
Tesouro da minha vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Maria, mãe de Jesus
Com o raio da Santa luz
Iluminai o pé da cruz
Com teu coração gentil
Na subida ou na descida
Na descida ou na subida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Mãe de Deus onipotente
Abençoai esta gente
Pobre de fé e carente
Num país tão varonil
Minha santinha querida
Iluminai a nossa vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Oh! Santa Virgem Maria
Nossa paz, nossa alegria
Nos livrai da carestia
Que come como esmeril
Para nossa terra querida
Haver paz, meios de vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Oh! Mãe de Jesus amado
Olhai o pobre cotado
Que vive sacrificado
Apertado como um funil
Em uma vida sofrida
Que nem parece ser vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Mãe de Deus onipotente
Socorrei a toda gente
Que vive pobre a carente
Neste solo varonil
Onde o rico tem guarida
E o pobre quase sem vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
José Costa Leite
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Vê-se falta de clemência
E surge com resistência
Crime, roubo e violência
Neste país varonil
País onde tem jazida
De ouro, Santa querida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Santa virgem imaculada
Mandai o anjo da guarda
Visitar nossa moradia
Que o tempo está sutil
Sem haver meios de vida
Pra humanidade sofrida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Santa Virgem, mãe de Deus
Nos livrai dos fariseus
Enquanto nos versos meus
Para este povo gentil
Virgem mãe compadecida
Tesouro da minha vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Maria, mãe de Jesus
Com o raio da Santa luz
Iluminai o pé da cruz
Com teu coração gentil
Na subida ou na descida
Na descida ou na subida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Mãe de Deus onipotente
Abençoai esta gente
Pobre de fé e carente
Num país tão varonil
Minha santinha querida
Iluminai a nossa vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Oh! Santa Virgem Maria
Nossa paz, nossa alegria
Nos livrai da carestia
Que come como esmeril
Para nossa terra querida
Haver paz, meios de vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Oh! Mãe de Jesus amado
Olhai o pobre cotado
Que vive sacrificado
Apertado como um funil
Em uma vida sofrida
Que nem parece ser vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
Mãe de Deus onipotente
Socorrei a toda gente
Que vive pobre a carente
Neste solo varonil
Onde o rico tem guarida
E o pobre quase sem vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil
José Costa Leite
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Costadrilha...
Esta é a costadrilha
Que nasceu no bairro costa
Quem não viu não acredita
E quem vê fala que gosta
E a retribuição
Nos passos ela demonstra
Quem criou foi Dona Lourdinha
Com muito amor e carinho
Fazendo mais que possível
Pra seguir neste caminho
Trabalhando dia e noite
Fazendo gola, colarinho
Figurino pra lá, pra cá
Vestido, blusa, calça e camisa
Se olhar de vez da uma doidiça
Que é capaz do matuto se endoidar
Ela fez fazendo
Como já disse o matuto
Com muita moça bonita
Cabra macho e astuto
Além de muita coragem
Respeito acima de tudo
Fez em 2008
Em homenagem a José
E quando a quadrilha passa
O povo fica de pé
A platéia vai a loucura
Quando a gente arrasta o pé
Dançando, cantando,
Pulando com fervor
Vem algum engraçadinho
Pra apagar o refletor
Agente pega e acende
E volta a fazer o show
No nosso primeiro ano
Foram desligar o som
Agente dançou com fé
E o povo achou foi bom
Nós acertamos o passo
Dançamos no compasso
No ritmo do mesmo tom
Quando foi no outro ano
Muita coisa sucedeu
Não posso acusar no verso
Nós sabe o que aconteceu
Teve outro concurso
E disseram que nós perdeu
Tiramos em segundo
Foi essa a colocação
No outro ano por um ponto
Foi outra indignação
E não vai ter mais concurso
Por conta da confusão
Mas se o povo votasse
Nós tirávamos em primeiro
Por que a nossa torcida
Agita o Brasil inteiro
Antigas quadrilhas rivais
Tinham até oração pra quando fosse enfrentar
A quadrilha do povão
Vou contar aqui pra nós
Preste muita atenção:
“Deus eu vou enfrentar
Uma tal de Costadrilha
Que vem lá do bairro costa
E o povo fala que brilha
E queira Deus nos livrar
Do veneno da serpente
Assim como competir
com a quadrilha dessa gente!”
Allef Peixoto
Afogados da Ingazeira, uma cidade que nasceu do amor.
Nosso Pajeú já foi
Razão pra muito estudo
Mas quem de tudo já fez
Ainda não fez de tudo
E como sei de um pouco
Com pouco sei que ajudo
Com toda inspiração
Que me traz este lugar
Versifico o que aprendo
Trato de multiplicar
Boto tudo em cordel
E depois solto no ar
Eu falo neste folheto
D'um pedaço deste chão
Ofertando a história
Minha contribuição
Unindo-se a tantos outros
Que o fazem de coração
Afogados da Ingazeira
É o tema desta jornada
Cidade cheia de encantos
Do amor originada
Pelo amor protegida
Com amor edificada
Seu nome se deve a
Um casal de namorados
Que no Rio Pajeú
Faleceram afogados
Juntos sumiram nas águas
Juntos foram encontrados
O amor não mensurou
Os riscos da brincadeira
Não imaginaram os dois
Um fim daquela maneira
Serem encontrados mortos
Aos pés d'uma ingazeira
São as raízes da planta
Raízes da amizade
Os afogados são vida
Fontes da fraternidade
E o amor precursor
Da história da cidade
Neste tempo ainda era
Pouca a povoação
Mas uma enorme fazenda
Demarcava a região
Fazenda Misericórdia
O nome deste quinhão
Por ocasião da morte
Do casal aqui relida
Também Barra da Passagem
Foi chamada em seguida
Ficando assim a fazenda
Por dois nomes conhecida
Foi o dono destas terras
O português Manoel
Francisco Ferreira da Silva
Respeitado coronel
Que logo mostrou-se ser
À igreja bem fiel
Na frente da residência
Construiu uma capela
E Bom Jesus dos Remédios
indicou protetor dela
Convocando a redondeza
Para só orarem nela
O ato eternizou-se
Por tamanha altivez
Ficando Manoel lembrado
Pela construção que fez
No século XIX
No ano de 36
Em torno de sua obra
E sua generosidade
Famílias se reuniram
Em profunda irmandade
Dando origem à vila
Que se tornaria cidade
Assim se desenvolveu
Um povo em devoção
Fecundando novas vidas
Rodeados de produção
Das serras da Carapuça
Colônia e Conceição
Não se demorou muito
E casas fizeram fila
Vila de Misericórdia
Foi seu nome como vila
Passagem dos Afogados
A chamavam sem feri-la
Antes do século XX
Chegou pela vez primeira
Um capelão pro ligar
O Padre Pedro Pereira
Que ali morou, mas regia
A Matriz da Ingazeira
É que a vila pertenceu
A Flores primeiramente
Só depois a Ingazeira
Que foi cidade na frente
Só alcançando mais tarde
Seu posto independente
1909
Foi o ano do orgulho
A lei governamental
Decretava o barulho
A vila virou cidade
No dia 1° de julho
Afogados da Ingazeira
Foi sua denominação
O amor dos afogados
É fogo em expansão
E as raízes da ingazeira
Prendem seus filhos ao chão
1910
Outro ano a ser lembrado
Afogados recebia
Um construtor dedicado
O Padre Carlos Cottart
Um arquiteto formado
Consumido pela chama
Do amor que ali povoa
Padre Carlos, um francês
Dedicou dua alma boa
À construção da cidade
Onde a beleza ecoa
Com um ano de chegado
Padre Carlos pôs de pé
A meta de construção
Da igreja que hoje é
Por certo um dos mais belos
De todos os templos da fé
Foi bem além da igreja
A sua preocupação
Investiu no Paisagismo
E na urbanização
Contemplando a cidade
Com boa arborização
Por um tempo ausentou-se
A Pesqueira enviado
Voltando logo depois
Pra concluir seu legado
Mas morreu em 25
Sendo para sempre lembrado
Outro bravo progressista
De empenho exemplar
Também surgiu na igreja
Mas nascido no lugar
Monsenhor Arruda Câmara
Afogadense sem par
Doutor em Teologia
Deputado Federal
Decisivo lutador
Pelo Colégio Normal
Correios e Diocese
Ferrovia a hospital
Ainda outras conquistas
São a ele atribuídas
Foram muitos aos seus méritos
Suas passadas são seguidas
muito homenagens são
Ao Monsenhor dirigidas
A mais representativa
É referência inconteste
A Praça Arruda Câmara
De encanto se reveste
E a cada nova reforma
Com mais beleza se veste
Diógenes Arruda Câmara
Outro nome destacado
Deputado federal
Por São Paulo, o estado
Sobrinho do Monsenhor
E engenheiro formado
Foi Diógenes Arruda
Comunista obstinado
Por buscar suas ideias
Foi preso e exilado
Por mais de uma vez
Brutalmente torturado
Jorge Amado dedica
Expondo sinceridade
Seu grande livro "Subterrâneos
da Liberdade"
A Diógenes Arruda
Por sua tenacidade
Personagens do passado
Em citar vejo razão
Renomado escritor
Renomado escritor
E maçom por convicção
Poeta e acadêmico
Senhor Manoel Arão
Foi este afogadense
Da crítica companhia
Visto como visionário
Membro da Academia
Pernambucana de Letras
Marco da Maçonaria
Outro nome que é de
Destaque merecedor
É o de Valdecy Menezes
Poeta declamador
Professor, radialista
Ator e vereador
Por Dom Mota Convidado
Pra uma rádio comandar
Entregou-se à cidade
Sem a nada abdicar
Tornando-se referência
Para todos do lugar
Assim Valdecy foi quem
Fez de Afogados o hino
Com Dinamérico Lopes
O famoso Mestre Dino
E da Rádio Pajeú
Planejou todo destino
É a Rádio Pajeú
A Valdecy muito grata
A história da cidade
Sem ele não se retrata
Foi o maior afogadense
Vindo da zona da mata
Alguns nomes são lembrados
Por terem sido o primeiro
Alfredo Ferraz prefeito
Mané Genésio barbeiro
Osvaldo Gouveia, o médico
E Nego Bidó carteiro
Irmão de Padre Antonio
Foi Cristóvão advogado
Josué, o farmacêutico
De Monteiro originado
Miguel Queiroz Diningué
O cartorário afamado
Alfaiate foi Romão
Chico Bode retratista
Professora foi Aurora
Vidinho contabilista
Antonio Tota, o técnico
E Aloísio, o dentista
Enfermeiras Ana Nery
Vieram da capital
Maria, Olga e Olívia
Um trio sensacional
No comércio foi Tomaz
E Maroca Amaral
Flandando sobre o comércio
Fica completo o enredo
Seu Cazuzinha Travassos
Antonio César Macedo
Fregueses da marinete
Carro de Mestre Alfredo
Transportes não existiam
Muitos como hoje são
Louvava-se a marinete
A única lotação
De Sertânia pra Tabira
"Interligando o sertão"
Vale a pena lembrar
Seu Seba eletricista
Dagmar o veterinário
E Zé Gago motorista
Falando em sapateiro
Manoel Lopes na lista
As referências passadas
Formam uma relação rica
Perna de pau engraxate
No gelado João de Chica
E a maestra do sabor
Cozinheira Dona Lica
Futebol se praticou
Com muita maestria
Ferroviário um ás
Entre tudo que se via
E BAC contra Guarani
Muita gente reunia
Também no cangaceirismo
Afogados tem seu traço
Por ser berço de alguns
Personagens do cangaço
Antonio Silvino foi
Nascido neste pedaço
Também Tenente Bezerra
Foi gerado neste chão
Polícia em Alagoas
Mas filho deste torrão
Reconhecido por ser
O algoz de Lampião
Sobre a Rádio Pajeú
O título é soberano
Pois foi a mesma fundada
Em 59 o ano
Sendo assim pioneira
No sertão pernambucano
Dom Mota, Padre Antonio
Foram sócios fundadores
Junto com Helvécio Lima
Terceiro entre os atores
Sociedade composta
E um futuro de louvores
A agência dos Correios
Outra exclusividade
No ano 73
Entrou em atividade
Mas do século trasado
Quando vila, a cidade
História também tem o
Palácio Episcopal
Foi residência e hotel
Escola e Hospital
E ainda foi sede do
Governo Municipal
Se tratando de história
O cinema também é
Valoroso patrimônio
Que se mantém em pé
Primeiro foi Pajeú
Depois Cine São José
Por Helvécio Lima foi
O cine idealizado
No ano 42
Do século passado
O primeiro filme foi
Ao povo apresentado
Na década de 50
Uma conquista altaneira
Foi o Aero Clube de
Afogados da Ingazeira
Nome adequado à
Aviação brasileira
Aviões nacionais
Era por vezes doados
E os lugares que tivessem
Aero Clubes montados
Podiam com avião
Virem a ser contemplados
Mas logo o ACAI
Virou concentração
Realizando as festas
Melhores da região
Fazendo do carnaval
Sua maior tradição
Se tratando de sertão
Afogados tem uma glória
A Barragem de Brotas
Todos trazem na memória
Foi aquela grande obra
Um divisor da história
É uma represa perene
Para o abastecimento
Foi a mola propulsora
Para o desenvolvimento
E tem beleza turística
Que produz encantamento
Brotas começou no ano
De 11 ser estudada
Depois de muitos entraves
De muita luta travada
No ano 76
Foi ela inaugurada
Por tudo que já foi dito
Dá pra se imaginar
O quanto há gente feliz
Quanto é bom este lugar
Sua gente, sua natureza
São ambos de conquistar
Vou assim encerrando
Esta minha tentativa
De exaltar Afogados
De uma forma criativa
Esperando seja ela
Vista como positiva
Aqui deve haver erro
Engano ou omissão
Mas história é assim
Tem mais de uma versão
Só não erra quem não age
Vale mais a intenção
Peço aos interessados
Que procurem outras fontes
Obras sobre Afogados
São encontradas aos montes
Para com novas pesquisas
Construirmos novas pontes
Aos colegas escritores
Eu retiro meu chapéu
Sempre indico suas obras
E nisto eu sou fiel
Se gostarem do que viram
Indiquem o meu cordel
Alexandre Morais
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Casamento da Costadrilha promete para 2012
Neste ano, o casal de noivos da Costadrilha que será representado por Everton e Guinha, promete dar um show de dança e interpretação. A junina conta com a desenvoltura cênica dos artistas para engrandecer ainda mais o seu espetáculo. "Prometo passar muita emoção para o público e dançar cada vez mais com garra, força de vontade e mostrar a cada ano uma boa desenvoltura e alegria no arraial". Afirma o dançarino com muita empolgação.