quinta-feira, 2 de agosto de 2012

2 de agosto de 1989: 100 anos de Gonzagão


Nasceu na fazenda Caiçara, no sopé da Serra de Araripe, na zona rural de Exu, sertão de Pernambuco. O lugar seria revivido anos mais tarde em "Pé de Serra", uma de suas primeiras composições. Seu pai, Januário, trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeão (também consertava o instrumento). Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocá-lo. Não era nem adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sul do Brasil.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Depoimento da organizadora geral referente ao ano de trabalho da quadrilha (2ª parte)

  Muitos tem raiva de mim porque falo do que faço, da ajuda que dou, mas não é passar nada na cara de ninguém, é apenas relembrando aos fracos e incompetentes que faço por que posso e falo por um desabafo aqueles que tentam me passar pra traz.

Depoimento da organizadora geral referente ao ano de trabalho da quadrilha

   Os anos se passaram... Fomos crescendo de acordo com os desafios que enfrentamos.

   Neste ano de 2012 passamos por muitos desafios, tentaram nos passar pra traz, mas erguemos nossa cabeça e, com fé em Deus conseguimos vencer cada obstáculo.

   Aos que acreditaram no nosso bom desempenho, um muito obrigado. Aos que não acreditaram e, ainda, tentaram nos destruir, que nos aguardem pois em 2013 daremos o nosso melhor, mostraremos o nosso verdadeiro potencial.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

COSTADRILHA É SELECIONADA PELA SBT!

   A Costadrilha que brilhou em suas apresentações pela região e continua seu show até o dia 8 de julho, será filmada pelo SBT, amanhã dia 28 de junho em frente a Catedral Senhor Bom Jesus dos Remédios.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Costadrilha é o assunto mais comentado nos blogs e na cidade


"Alguns momentos do festival que empolgaram o público foram quando um garotinho dançou na Costadrilha e quando o rei Luiz Gonzaga foi carregado em um andor, também na Costadrilha."

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Arraial em Tabira - PE

A Costadrilha faz sua primeira apresentação com o espetáculo: "Gonzaga toca no céu, a Costa tira o chapéu dançando aos tons do baião.".

sábado, 12 de maio de 2012

Amostra de Quadrilhas SESC Triunfo - 2012

Já está confirmada a participação da Quadrilha Junina Costadrilha na I (primeira) amostra de quadrilhas do SESC - Triunfo - PE. A apresentação será no dia 15 de junho. E seus componentes estão empolgados e ansiosos para mostrarem o seu espetáculo 2012.

sábado, 21 de abril de 2012

Apoio

A Costadrilha, este ano, conta com o apoio do comércio local de Afogados da Ingazeira. E os agradecimentos vão para aqueles que acreditam que podemos levar esta tradição junina a outras cidades, enriquecendo ainda mais a nossa cultura.

. Lojão das Malhas
. Mega Moda
. SID Modas
. Madereira São Jorge
. Center Magazine

Agradecemos a todos por acreditarem em nosso trabalho.

domingo, 15 de abril de 2012

A triste partida do Rei do Baião




Cinco e quinze da manhã 

Do dia dois de agosto 
Do ano de oitenta e nove 
Houve um terrível desgosto 
De luto entrava o Nordeste 
Com pranto triste no rosto.


As rádios anunciavam 
Morreu o Rei do Baião 
O mestre Luiz Gonzaga 
O popular Gonzagão 
Deixando muita saudade 
Pra esta grande Nação. 


No sertão também se ouvia 
Acauã executar 
Lento toque de silêncio 
E outras aves a chorar 
E mãe deusa da natura 
Do seu trono a soluçar.


E concretizava o luto 
Com sentimento profundo 
Entre todas as gerações 
Por este sofrido mundo 
Em homenagem a Luiz 
O primeiro sem segundo.


Luiz nasceu em Exu 
Agreste pernambucano 
Mil novecentos e doze 
Foi este o sagrado ano 
Que o destino lhe escolheu 
Pra ele seguir bom plano.


Filho doutro sanfoneiro 
Com nome de Januário 
Desde então herdou seu dom 
Uma causa sem inventário 
Isto quando ainda garoto 
Segundo seu comentário. 


Desta forma seu Luiz 
A seu pai acompanhando 
Nos bailes, forrós e feiras 
Seu baião foi ensinando 
E fama na região 
Já estava até ganhando.


Deixou a terra natal 
Ao exército foi servir 
Vindo então pra Fortaleza 
Pra sua missão cumprir 
O que muito lhe ajudou 
E a bons planos fez seguir.


Devido as Revoluções... 
Sempre era transferido 
E nestas suas andanças 
Morou num lugar querido 
Minas Gerais de Tancredo 
O homem nunca esquecido. 


Foi então que conheceu 
Um amigo e companheiro 
Que já servira ao exército 
Naquele rincão mineiro 
Este fora Dominguinhos 
Especial sanfoneiro.


Através desta amizade 
Luiz voltou a estudar 
Dominguinhos professor (*)
E amigo particular 
Que também lhe ensinou 
A modinha popular.


Mas a vida de milícia 
Igualmente a do vaqueiro 
Sempre é solicitado 
Segue outro paradeiro 
Desta forma pra São Paulo 
Seu Luiz seguiu ligeiro.


Na terra dos bandeirantes 
Mudou sua opinião 
Nova sanfona comprou 
Que lhe deu inspiração 
Assim Luiz começou 
Aprimorar seu baião. 


Sendo ainda militar 
Foi pro Rio de Janeiro 
De onde se desligou 
Do exército brasileiro 
E formou a parceria 
Com o Xavier Pinheiro. 


Xavier um português 
Que vinha se apresentando 
Na grande Rio de Janeiro 
Lá no mangue executando 
Valsas, tangos e até fados 
Com Luiz auxiliando 


Este estilo pra Luiz 
Não era o seu verdadeiro 
Pois queria apresentar 
Seu próprio cancioneiro 
A música regional 
E nada do estrangeiro. 

Com isto Luiz Gonzaga 
Se encheu de esperança 
Nos programas de calouros 
Foi cantar com segurança 
Apresentando seus Shows 
Com muita garra e pujança.

Saindo dos auditórios 
No Nordeste apareceu 
A música de seu Luiz 
Porque na sanfona leu 
O sertão em poesia 
Daí então se ergueu. 

O primeiro nordestino 
Num trabalho a se empenhar 
Pra música regional 
No Brasil vir espalhar 
Provando assim a existência 
Da arte mais popular


Desta forma seu Luiz 
Por ter rica criação 
Lançou o xote e o forró 
O xaxado e o baião 
Ficando o arrasta-pé 
Como símbolo do sertão. 

Lançando estas criações 
Fez o zabumba tocar 
Dando ao mesmo mais valor 
Na arte de forrozar 
Também deu vida ao triângulo 
Hoje instrumento exemplar. 

Em pouco tempo o Brasil 
Seu valor reconheceu 
E grupo de seguidores 
Ligeiramente nasceu 
E Luiz Rei do Baião 
Este título recebeu.

O seu valor cultural 
Foi da maior importância 
Pra história brasileira 
Veja a significância 
Pois decantou o Nordeste 
Com jeito e com elegância


Foi quem mais reivindicou 
Melhoria pro Nordeste 
Mostrando pros governantes 
A seca, a fome e a peste 
Que muito maltrata o povo 
De todo sertão agreste. 

No seu canto interpretou 
O profundo sentimento 
Da alma do sertanejo 
Que sofre a todo o momento 
No Nordeste que retrata 
O mais cruel sofrimento. 

Quando seu Luiz cantava 
Simbolizava o vaqueiro 
Seu aboio e seu gemido 
Invadiam o tabuleiro 
Desta forma ele exaltava 
O Nordeste brasileiro. 



Certamente o velho "Lua" 
O mestre Rei do Baião 
Já se encontra com seu pai 
Lá em outra dimensão 
Aquele que lhe ensinou 
Tão honrosa profissão. 


Este pequeno folheto 
É somente uma mostragem 
Daquele que foi em vida 
Nosso maior personagem 
Que o povo guardará 
Para sempre a sua imagem.


Termino aqui esta história 
Com o coração enlutado 
Escrita no mesmo dia 
Que Luiz ouviu chamado 
Pra morar na Santa Casa 
Por Deus sendo abençoado.

                      Guaipuan Vieira






















A Chegada de Lampião no Céu





Lampião foi no inferno

Ao depois no céu chegou

São Pedro estava na porta

Lampião então falou:

- Meu velho não tenha medo

Me diga quem é São Pedro

E logo o rifle puxou




São Pedro desconfiado

Perguntou ao valentão

Quem é você meu amigo

Que anda com este rojão?

Virgulino respondeu:

- Se não sabe quem sou eu

Vou dizer: sou Lampião.




São Pedro se estremeceu

Quase que perdeu o tino

Sabendo que Lampião

Era um terrível assassino

Respondeu balbuciando

O senhor... está... falando...

Com... São Pedro... Virgulino!




Faça o favor abra esta porta

Quero falar com o senhor

Um momento meu amigo

Disse o santo faz favor

Espera aqui um pouquinho

Para olhar o pergaminho

Que é ordem do Criador




Se você amou o próximo

De todo o seu coração

O seu nome está escrito

No livro da salvação

Porém se foi um tirano

Meu amigo não lhe engano

Por aqui não fica não




Lampião disse está bem

Procure que quero ver

Se acaso não tem aí

O meu nome pode crer

Quero saber o motivo

Pois não sou filho adotivo

Pra que fizeram-me nascer?




São Pedro criou coragem

E falou pra Lampião

Tenha calma cavalheiro

Seu nome não está aqui não

Lampião disse é impossível

É uma coisa que acho incrível

Ter perdido a salvação




São Pedro disse está bem

Acho melhor dar um fora

Lampião disse meu santo

Só saio daqui agora

Quando ver o meu padrinho

Padre Cícero meu filhinho

Esteve aqui mas foi embora




Então eu quero falar

Com a Santa Mãe das Dores

Disse o santo ela não pode

Vir aqui ver seus clamores

Pois ela está resolvendo

Com o filho intercedendo

Em favor dos pecadores




Então eu quero falar

Com Jesus crucificado

Disse São Pedro um momento

Que eu vou dar o seu recado

Com pouco o santo chegou

Com doze santos escoltado




São Longuinho e São Miguel,

São Jorge, São Simão

São Lucas, São Rafael,

São Luiz, São Julião,

Santo Antônio e São Tomé,

São João e São José

Conduziram Lampião




Chegando no gabinete

Do glorioso Jesus

Lampião foi escoltado

Disse o Varão da Cruz

Quem és tu filho perdido

Não estás arrependido

Mesmo no Reino da Luz?




Disse o bravo Virgulino

Senhor não fui culpado

Me tornei um cangaceiro

Porque me vi obrigado

Assassinaram meu pai

Minha mãe quase que vai

Inclusive eu coitado




Os seus pecados são tantos

Que nada posso fazer

Alma desta natureza

Aqui não pode viver

Pois dentro do Paraíso

É o reinado do riso

Onde só existe prazer




Então Jesus nesse instante

Ordenou São Julião

Mais São Miguel e São Lucas

Que levassem Lampião

Pra ele ver a harmonia

Nisto a Virgem Maria

Aparece no salão




Aglomerada de anjos

Todos cantando louvores

Lampião disse: meu Deus

Perdoai os meus horrores

Dos meus crimes tão cruéis

Arrependeu-se através

Da Virgem seus esplendores




Os anjos cantarolavam

saudando a Virgem e o Rei

Dizendo: no céu no céu

Com minha mãe estarei

Tudo ali maravilhou-se

Lampião ajoelhou-se

Dizendo: Senhora eu sei




Que não sou merecedor

De viver aqui agora

Julião, Miguel e Lucas

Disseram vamos embora

Ver os demais apartamentos

Lampião neste momento

Olhou pra Nossa Senhora




E disse: Ó Mãe Amantíssima

Dá-me a minha salvação

Chegou nisto o maioral

Com catinga de alcatrão

Dizendo não pode ser

Agora só quero ver

Se é salvo Lampião




Respondeu a Virgem Santa

Maria Imaculada

Já falaste com meu Filho?

Vamos não negues nada

– Já ó Mãe Amantíssima

Senhora Gloriosíssima

Sou uma alma condenada




Disse a Virgem mãe suprema

Vai-te pra lá Ferrabrás

A alma que eu pôr a mão

Tu com ela nada faz

Arrenegado da Cruz

Na presença de Jesus

Tu não vences, Satanás




Vamos meu filho vamos

Sei que fostes desordeiro

Perdeste de Deus a fé

Te fazendo cangaceiro

Mas já que tu viste a luz

Na presença de Jesus

Serás puro e verdadeiro




Foi Lampião novamente

Pelos santos escoltado

Na presença de Jesus

Foi Lampião colocado

Acompanhou por detrás

O tal cão de Ferrabrás

De Lúcifer enviado




Formou-se logo o júri

Ferrabrás o acusador

Lá no Santo Tribunal

Fez papel de promotor

Jesus fazendo o jurado

Foi a Virgem o advogado

Pelo seu divino amor




Levantou-se o promotor

E acusou demonstrando

Os crimes de Lampião

O réu somente escutando

Ouvindo nada dizia

A Santa Virgem Maria

Começou advogando




Lampião de fato foi

Bárbaro, cruel, assassino

Mas os crimes praticados

Por seu coração ferino

Escrito no seu caderno

Doze anos de inferno

Chegou hoje o seu destino




Disse Ferrabrás: protesto

Trago toda anotação

Lampião fugiu de lá

Em busca de salvação

Assassinou Buscapé

Atirou em Lucifer

Não merece mais perdão




Levantou-se Lampião

Por esta forma falou

Buscapé eu só matei

Porque me desrespeitou

E Lucifer é atrevido

Se ele tivesse morrido

A mim falta não deixou




Disse Jesus e agora

Deseja voltar à terra

A usar de violência

Matando que só uma fera?

Disse Lampião: Senhor

Sou um pobre pecador

Que a Vossa sentença espera




Disse Jesus: Minha mãe

Vou lhe dar a permissão

Pode expulsar Ferrabrás

Porém tem que Lampião

Arrepender-se notório

Ir até o "purgatório"

Alcançar a salvação




Ferrabrás ouvindo isto

Não esperou por Miguel

Pediu licença e saiu

Nisto chegou Gabriel

Ferrabrás deu um estouro

Se virou num grande touro

Foi dar resposta a Lumbel




Resta somente saber

O que Lampião já fez

Do purgatório será

O julgamento outra vez

Logo que se for julgado

Farei tudo versejado

O mais até lá freguês.





José Pacheco

sábado, 14 de abril de 2012

Nossa Senhora Aparecida


Nossa Senhora Aparecida

Minha Santinha morena
Cheirosa como Açucena
Deixai eu traçar na pena
O teu bonito perfil
Minha Santinha querida
Tesouro da nossa vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Nos livrai de fome e guerra
Porque vivemos na terra
Escondidos lá na serra
Sem espadas e sem fuzil
Zelai pela nossa vida
Meia carente e sofrida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Guardamos em vossas mãos
Nossa fé, nossos irmão
Pisamos os mesmo chãos
Sem capacetes ou fuzil
Mesmo com vida sofrida
Nos altos e baixos da vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Oh! Sempre Virgem Maria
Com vossa sabedoria
Ajudai-me em poesia
Olhando o céu cor de anil
Nossa santa preferida
Virgem Mãe Compadecida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Santa Virgem, Mão de Deus
Ajudai nos versos meus
E com os poderes teus
Já que tens poderes mil
Fortalecei nossa vida
Virgem Santa Concebida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Oh! Santa Virgem Maria
Nossa paz, nossa alegria
Fazei que tenhamos um dia
Daqui ao ano 3000
Muita esperança na vida
Vivendo em doce guarida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Santa Virgem, Mãe de Deus
Olhai para os filhos teus
Purgando os pecados seus
Aonde tanto imbecil

Vive aí na boa vida
Nos ajudai em seguida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Oh! Virgem Mãe de Deus
Nos enviai uma luz
Para eu no pé da cruz
Me livrar do monstro vil
Que é a fome sentida
Da multidão desnutrida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Santa Virgem de Belém
Defendei quem nada tem
Da violência que vem
E do tempo sinistro e vil
Que sempre deixa sentida
Criança recém nascida

Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Maria, Mãe de Jesus
Rogamos no pé da cruz
Mandai um raio de luz
Para no céu cor de anil
Haver fartura e comida
Para o povo ter mais vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Senhora da Conceição
Nos guiai com vossa mãe
Mandai vossa proteção
Com teu coração gentil
Minha mãezinha querida
Mandai luz pra nossa vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Mãe do Cristo Imaculado
Aqui peço ajoelhado
Para ser abençoado
O povo que nem Bromil
Pode comprar em seguida
Pra melhorar sua vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Oh! Virgem de Nazaré
Esposa de São José
Aumentai a nossa fé
Que vai fugindo sutil
Que a mocidade florida
Tenha sossego na vida

Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Oh! Santa Virgem Maria
Ajudai nós todo dia
Que o povo sofre agonia
Sem farinha no barril

Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Santa Virgem, Mãe querida
Mandai paz pra nossa vida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil.

Santa Virgem Mãe das Dores
Nos salvai dos malfeitores
Sofrendo tentos horrores
Sem ter em casa um bombril
Minha Santinha querida
Mandai paz pra nossa vida

Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Mãe de Deus mandai parar
A violência sem par
Que o pobre em todo lugar
Ver chegar sempre sutil
Para vir roubar a vida
Da humanidade sofrida
Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil.

Mãe de Deus sacramentado

Salvai o pobre coitado
Que vive tão apertado
Como o bico dum funil
Santa virgem mãe querida
Olhai para nossa vida

Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Santa Virgem abençoai
Tanto o filho como o pai
Que agora o tempo vai
Sem deixar ninguém sutil
Ao pobre falta comida
E sossego em sua vida

Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Oh! Virgem da Conceição
Cobre com a vossa mãe
Aos romeiros que estão
Sem dinheiro e sem perfil
Viajando sem guarida



Atrás da terra prometida

Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Vê-se falta de clemência
E surge com resistência
Crime, roubo e violência
Neste país varonil
País onde tem jazida
De ouro, Santa querida

Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Santa virgem imaculada
Mandai o anjo da guarda
Visitar nossa moradia
Que o tempo está sutil
Sem haver meios de vida
Pra humanidade sofrida

Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Santa Virgem, mãe de Deus
Nos livrai dos fariseus
Enquanto nos versos meus
Para este povo gentil
Virgem mãe compadecida
Tesouro da minha vida

Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Maria, mãe de Jesus
Com o raio da Santa luz
Iluminai o pé da cruz
Com teu coração gentil
Na subida ou na descida
Na descida ou na subida

Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Mãe de Deus onipotente
Abençoai esta gente
Pobre de fé e carente
Num país tão varonil
Minha santinha querida
Iluminai a nossa vida

Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Oh! Santa Virgem Maria
Nossa paz, nossa alegria
Nos livrai da carestia
Que come como esmeril
Para nossa terra querida
Haver paz, meios de vida

Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Oh! Mãe de Jesus amado
Olhai o pobre cotado
Que vive sacrificado
Apertado como um funil
Em uma vida sofrida
Que nem parece ser vida

Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

Mãe de Deus onipotente
Socorrei a toda gente
Que vive pobre a carente
Neste solo varonil
Onde o rico tem guarida
E o pobre quase sem vida

Nossa Senhora Aparecida
Padroeira do Brasil

                                    José Costa Leite












quinta-feira, 12 de abril de 2012

Costadrilha...












Esta é a costadrilha


Que nasceu no bairro costa


Quem não viu não acredita


E quem vê fala que gosta


E a retribuição


Nos passos ela demonstra






Quem criou foi Dona Lourdinha


Com muito amor e carinho


Fazendo mais que possível


Pra seguir neste caminho


Trabalhando dia e noite


Fazendo gola, colarinho


Figurino pra lá, pra cá


Vestido, blusa, calça e camisa


Se olhar de vez da uma doidiça


Que é capaz do matuto se endoidar






Ela fez fazendo


Como já disse o matuto


Com muita moça bonita


Cabra macho e astuto


Além de muita coragem


Respeito acima de tudo






Fez em 2008


Em homenagem a José


E quando a quadrilha passa


O povo fica de pé


A platéia vai a loucura


Quando a gente arrasta o pé






Dançando, cantando,


Pulando com fervor


Vem algum engraçadinho


Pra apagar o refletor


Agente pega e acende


E volta a fazer o show






No nosso primeiro ano


Foram desligar o som


Agente dançou com fé


E o povo achou foi bom


Nós acertamos o passo


Dançamos no compasso


No ritmo do mesmo tom






Quando foi no outro ano


Muita coisa sucedeu


Não posso acusar no verso


Nós sabe o que aconteceu


Teve outro concurso


E disseram que nós perdeu






Tiramos em segundo


Foi essa a colocação


No outro ano por um ponto


Foi outra indignação


E não vai ter mais concurso


Por conta da confusão






Mas se o povo votasse


Nós tirávamos em primeiro


Por que a nossa torcida


Agita o Brasil inteiro






Antigas quadrilhas rivais


Tinham até oração pra quando fosse enfrentar


A quadrilha do povão


Vou contar aqui pra nós


Preste muita atenção:






“Deus eu vou enfrentar


Uma tal de Costadrilha


Que vem lá do bairro costa


E o povo fala que brilha


E queira Deus nos livrar


Do veneno da serpente


Assim como competir


com a quadrilha dessa gente!”






Allef Peixoto

Afogados da Ingazeira, uma cidade que nasceu do amor.












Nosso Pajeú já foi


Razão pra muito estudo


Mas quem de tudo já fez


Ainda não fez de tudo


E como sei de um pouco


Com pouco sei que ajudo






Com toda inspiração


Que me traz este lugar


Versifico o que aprendo


Trato de multiplicar


Boto tudo em cordel


E depois solto no ar






Eu falo neste folheto


D'um pedaço deste chão


Ofertando a história


Minha contribuição


Unindo-se a tantos outros


Que o fazem de coração






Afogados da Ingazeira


É o tema desta jornada


Cidade cheia de encantos


Do amor originada


Pelo amor protegida


Com amor edificada






Seu nome se deve a


Um casal de namorados


Que no Rio Pajeú


Faleceram afogados


Juntos sumiram nas águas


Juntos foram encontrados






O amor não mensurou


Os riscos da brincadeira


Não imaginaram os dois


Um fim daquela maneira


Serem encontrados mortos


Aos pés d'uma ingazeira






São as raízes da planta


Raízes da amizade


Os afogados são vida


Fontes da fraternidade


E o amor precursor


Da história da cidade






Neste tempo ainda era


Pouca a povoação


Mas uma enorme fazenda


Demarcava a região


Fazenda Misericórdia


O nome deste quinhão






Por ocasião da morte


Do casal aqui relida


Também Barra da Passagem


Foi chamada em seguida


Ficando assim a fazenda


Por dois nomes conhecida






Foi o dono destas terras


O português Manoel


Francisco Ferreira da Silva


Respeitado coronel


Que logo mostrou-se ser


À igreja bem fiel






Na frente da residência


Construiu uma capela


E Bom Jesus dos Remédios


indicou protetor dela


Convocando a redondeza


Para só orarem nela






O ato eternizou-se


Por tamanha altivez


Ficando Manoel lembrado


Pela construção que fez


No século XIX


No ano de 36






Em torno de sua obra


E sua generosidade


Famílias se reuniram


Em profunda irmandade


Dando origem à vila


Que se tornaria cidade






Assim se desenvolveu


Um povo em devoção


Fecundando novas vidas


Rodeados de produção


Das serras da Carapuça


Colônia e Conceição






Não se demorou muito


E casas fizeram fila


Vila de Misericórdia


Foi seu nome como vila


Passagem dos Afogados


A chamavam sem feri-la






Antes do século XX


Chegou pela vez primeira


Um capelão pro ligar


O Padre Pedro Pereira


Que ali morou, mas regia


A Matriz da Ingazeira






É que a vila pertenceu


A Flores primeiramente


Só depois a Ingazeira


Que foi cidade na frente


Só alcançando mais tarde


Seu posto independente






1909


Foi o ano do orgulho


A lei governamental


Decretava o barulho


A vila virou cidade


No dia 1° de julho






Afogados da Ingazeira


Foi sua denominação


O amor dos afogados


É fogo em expansão


E as raízes da ingazeira


Prendem seus filhos ao chão






1910


Outro ano a ser lembrado


Afogados recebia


Um construtor dedicado


O Padre Carlos Cottart


Um arquiteto formado






Consumido pela chama


Do amor que ali povoa


Padre Carlos, um francês


Dedicou dua alma boa


À construção da cidade


Onde a beleza ecoa






Com um ano de chegado


Padre Carlos pôs de pé


A meta de construção


Da igreja que hoje é


Por certo um dos mais belos


De todos os templos da fé






Foi bem além da igreja


A sua preocupação


Investiu no Paisagismo


E na urbanização


Contemplando a cidade


Com boa arborização






Por um tempo ausentou-se


A Pesqueira enviado


Voltando logo depois


Pra concluir seu legado


Mas morreu em 25


Sendo para sempre lembrado






Outro bravo progressista


De empenho exemplar


Também surgiu na igreja


Mas nascido no lugar


Monsenhor Arruda Câmara


Afogadense sem par






Doutor em Teologia


Deputado Federal


Decisivo lutador


Pelo Colégio Normal


Correios e Diocese


Ferrovia a hospital






Ainda outras conquistas


São a ele atribuídas


Foram muitos aos seus méritos


Suas passadas são seguidas


muito homenagens são


Ao Monsenhor dirigidas






A mais representativa


É referência inconteste


A Praça Arruda Câmara


De encanto se reveste


E a cada nova reforma


Com mais beleza se veste






Diógenes Arruda Câmara


Outro nome destacado


Deputado federal


Por São Paulo, o estado


Sobrinho do Monsenhor


E engenheiro formado






Foi Diógenes Arruda


Comunista obstinado


Por buscar suas ideias


Foi preso e exilado


Por mais de uma vez


Brutalmente torturado






Jorge Amado dedica


Expondo sinceridade


Seu grande livro "Subterrâneos


da Liberdade"


A Diógenes Arruda


Por sua tenacidade






Personagens do passado


Em citar vejo razão


Renomado escritor


Renomado escritor


E maçom por convicção


Poeta e acadêmico


Senhor Manoel Arão






Foi este afogadense


Da crítica companhia


Visto como visionário


Membro da Academia


Pernambucana de Letras


Marco da Maçonaria






Outro nome que é de


Destaque merecedor


É o de Valdecy Menezes


Poeta declamador


Professor, radialista


Ator e vereador






Por Dom Mota Convidado


Pra uma rádio comandar


Entregou-se à cidade


Sem a nada abdicar


Tornando-se referência


Para todos do lugar






Assim Valdecy foi quem


Fez de Afogados o hino


Com Dinamérico Lopes


O famoso Mestre Dino


E da Rádio Pajeú


Planejou todo destino






É a Rádio Pajeú


A Valdecy muito grata


A história da cidade


Sem ele não se retrata


Foi o maior afogadense


Vindo da zona da mata






Alguns nomes são lembrados


Por terem sido o primeiro


Alfredo Ferraz prefeito


Mané Genésio barbeiro


Osvaldo Gouveia, o médico


E Nego Bidó carteiro






Irmão de Padre Antonio


Foi Cristóvão advogado


Josué, o farmacêutico


De Monteiro originado


Miguel Queiroz Diningué


O cartorário afamado






Alfaiate foi Romão


Chico Bode retratista


Professora foi Aurora


Vidinho contabilista


Antonio Tota, o técnico


E Aloísio, o dentista






Enfermeiras Ana Nery


Vieram da capital


Maria, Olga e Olívia


Um trio sensacional


No comércio foi Tomaz


E Maroca Amaral






Flandando sobre o comércio


Fica completo o enredo


Seu Cazuzinha Travassos


Antonio César Macedo


Fregueses da marinete


Carro de Mestre Alfredo






Transportes não existiam


Muitos como hoje são


Louvava-se a marinete


A única lotação


De Sertânia pra Tabira


"Interligando o sertão"






Vale a pena lembrar


Seu Seba eletricista


Dagmar o veterinário


E Zé Gago motorista


Falando em sapateiro


Manoel Lopes na lista




As referências passadas

Formam uma relação rica

Perna de pau engraxate

No gelado João de Chica

E a maestra do sabor

Cozinheira Dona Lica




Futebol se praticou

Com muita maestria

Ferroviário um ás

Entre tudo que se via

E BAC contra Guarani

Muita gente reunia




Também no cangaceirismo

Afogados tem seu traço

Por ser berço de alguns

Personagens do cangaço

Antonio Silvino foi

Nascido neste pedaço




Também Tenente Bezerra

Foi gerado neste chão

Polícia em Alagoas

Mas filho deste torrão

Reconhecido por ser

O algoz de Lampião




Sobre a Rádio Pajeú

O título é soberano

Pois foi a mesma fundada

Em 59 o ano

Sendo assim pioneira

No sertão pernambucano




Dom Mota, Padre Antonio

Foram sócios fundadores

Junto com Helvécio Lima

Terceiro entre os atores

Sociedade composta

E um futuro de louvores




A agência dos Correios

Outra exclusividade

No ano 73

Entrou em atividade

Mas do século trasado

Quando vila, a cidade




História também tem o

Palácio Episcopal

Foi residência e hotel

Escola e Hospital

E ainda foi sede do

Governo Municipal




Se tratando de história

O cinema também é

Valoroso patrimônio

Que se mantém em pé

Primeiro foi Pajeú

Depois Cine São José




Por Helvécio Lima foi

O cine idealizado

No ano 42

Do século passado

O primeiro filme foi

Ao povo apresentado




Na década de 50

Uma conquista altaneira

Foi o Aero Clube de

Afogados da Ingazeira

Nome adequado à

Aviação brasileira




Aviões nacionais

Era por vezes doados

E os lugares que tivessem

Aero Clubes montados

Podiam com avião

Virem a ser contemplados




Mas logo o ACAI

Virou concentração

Realizando as festas

Melhores da região

Fazendo do carnaval

Sua maior tradição




Se tratando de sertão

Afogados tem uma glória

A Barragem de Brotas

Todos trazem na memória

Foi aquela grande obra

Um divisor da história




É uma represa perene

Para o abastecimento

Foi a mola propulsora

Para o desenvolvimento

E tem beleza turística

Que produz encantamento




Brotas começou no ano

De 11 ser estudada

Depois de muitos entraves

De muita luta travada

No ano 76

Foi ela inaugurada




Por tudo que já foi dito

Dá pra se imaginar

O quanto há gente feliz

Quanto é bom este lugar

Sua gente, sua natureza

São ambos de conquistar




Vou assim encerrando

Esta minha tentativa

De exaltar Afogados

De uma forma criativa

Esperando seja ela

Vista como positiva




Aqui deve haver erro

Engano ou omissão

Mas história é assim

Tem mais de uma versão

Só não erra quem não age

Vale mais a intenção




Peço aos interessados

Que procurem outras fontes

Obras sobre Afogados

São encontradas aos montes

Para com novas pesquisas

Construirmos novas pontes




Aos colegas escritores

Eu retiro meu chapéu

Sempre indico suas obras

E nisto eu sou fiel

Se gostarem do que viram

Indiquem o meu cordel




Alexandre Morais

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Casamento da Costadrilha promete para 2012

    Neste ano, o casal de noivos da Costadrilha que será representado por Everton e Guinha, promete dar um show de dança e interpretação. A junina conta com a desenvoltura cênica dos artistas para engrandecer ainda mais o seu espetáculo. "Prometo passar muita emoção para o público e dançar cada vez mais com garra, força de vontade e mostrar a cada ano uma boa desenvoltura e alegria no arraial". Afirma o dançarino com muita empolgação.

sexta-feira, 30 de março de 2012

O Show tem que continuar...

Ano passado (2011), quadrilheiros e coordenadores de drilhas da cidade de Afogados da Ingazeira - PE não ficaram nada satisfeitos com o fim do concurso de quadrilhas do município. As três quadrilhas participantes do festival, empolgaram o público com suas apresentações, mas o que era esperado era a premiação de 1°, 2° e 3° lugar para os participantes. O que, infelizmente, não aconteceu.
Este ano, com o fim da Bonekodrilha, as duas drilhas existentes já estão trabalhando para abrilhantarem mais uma vez o São João da cidade.
A Costadrilha, que é tema deste blog, está trabalhando desde outubro de 2011 e seus coordenadores prometem mostrar um verdadeiro espetáculo para este ano de 2012, visando até participar de outros concursos pela região. Espera-se, apenas, o apoio e incentivo do comércio local e do secretário municipal de cultura, turismo e esportes da cidade para que possam ir cada vez mais longe.
Os quadrilheiros, esperam ainda, pelo incentivo dado pela secretaria de cultura ano passado, pois salientam que os custos de figurinos, cenário e sonoplastia são muito caros e que os 800 reais oferecidos pela organização do festival é apenas uma ajuda.

José Patriota, pré candidato a prefeito faz visita a Costadrilha.

No domingo, 25 de março de 2012, o pré candidato a prefeito deste município (José Patriota), esteve, juntamente com o seu assessor (Alexandre Palmeiro) e a convite do pré candidato a vereador (Augusto César) na residência da coordenadora geral e costureira da Costadrilha, a Senhora Maria de Lourdes, para juntos com coreógrafos, marcador e quadrilheiros discutirem projetos futuros para os festivais de drilhas no município.
José Patriota agradou bastante o grupo com suas propostas e, também, sentiu-se muito honrado com o convite. O pré candidato a prefeito conheceu de perto a dificuldade de montar um espetáculo de drilha. Os prazeres e desprazeres de seus coordenadores.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Salve quadrilhas!

Quadrilheiros, preparem-se para mais uma edição do festival de quadrilhas juninas da cidade de Afogados da Ingazeira - PE.
Ano passado (2011), a junina Bonekodrilha, campeã do festival do SESC em Triunfo - PE e bi-campeã do festival da cidade de Iguaracy - PE era a mais cogitada para apresentar um grande espetáculo neste ano de 2012, mas surpreendeu todos os quadrilheiros do município com o fim da drilha.

Comenta-se que o motivo da "Boneco" ter acabado foi a falta de incentivo cultural do município, levando em conta que o nível dos espetáculos está crescendo a cada ano. Espera-se para este ano a apresentação da drilha "Vem Vê Nóis", que tem o apoio do grupo Mulher maravilha. E da Costadrilha do bairro Costa. Os coordenadores da drilha não pensam em desistir, mas esperam que o reconhecimento desse trabalho seja através do público, na visualização dos seus trabalhos e, principalmente, da Secretaria Municipal de Cultura do seu município. A Costadrilha espera o apoio dos gestores e empresários para que o evento e seus espetáculos possam melhorar a cada ano.

domingo, 25 de março de 2012

Repertórios

Costadrilha 2011
Entrada [2011] - Download AQUI

Repertório completo [2011] - Download AQUI


Costadrilha 2012
Repertório completo [2012] - Download via 4shared: AQUI | MediaFire: AQUI

2ª parte do casamento [2012] - Download via 4shared: AQUI | MediaFire: AQUI

Fala do noivo [2012] - Download via 4shared: AQUI | MediaFire: AQUI

Fim do casamento - Sentença do padre aos cangaceiros [2012] - Download via 4shared: AQUI | MediaFire: AQUI